Bem Vindo ao Blog da Penélope Beolchi!

Nesse Blog posto muitas pesquisas sobre assuntos de beleza, técnicas e novos produtos.
Para trabalhos e cursos entre em contato com minha agência que terá o prazer de atender prontamente sua solicitação.

Opa! Hair

www.penelopebeolchi.com
11 3171-0401
11 94329-0992

penelope.beolchi@gmail.com

Rua Apeninos, 689, Paraíso
São Paulo-SP

30 de mar. de 2012

Batom matte: clássico volta à moda no século XXI


Após perceber um aumento significativo da busca por batons na textura matte em lojas de maquiagem, a beauty artist e hair stylist Penelope Beolchi, sócia da Agência Pink MGT, explica em detalhes as características desse produto e o motivo pelo qual ele é tão adorado, atualmente, pelas mulheres das mais diversas faixas etárias. Ao final, Penelope ensina truques profissionais para aquelas que ainda não adquiriram o seu batom matte, mas querem obter o mesmo efeito em seus lábios com o uso do batom comum.





        Durante algumas décadas, o batom matte foi o queridinho de modelos, estrelas do cinema e fashionistas de plantão.A ausência do brilho provoca maior impacto da cor e uma aparência de classe e distinção. Recentemente, o produto voltou e tem garantido seu espaço na nécessaire das mulheres contemporâneas. Confira dicas de como usá-lo com a beauty artist Penelope Beolchi.


      Os batons matte são aqueles que não possuem brilho, são opacos, foscos ou de efeito aveludado. Muito utilizado na Europa e nos EUA há alguns anos, ele caiu no gosto das brasileiras na temporada do verão 2012 e  ao que tudo indica vai continuar para o Inverno. O produto se popularizou no Brasil, inicialmente, em uma cartela de rosas pastel, passando pelos tons de boca, o nude e, finalmente, os vermelhos e alaranjados. Esse tipo de batom pode ser considerado um clássico, muito utilizado durante as décadas de 40 e 60, e que voltou novamente as passarelas internacionais no início dos anos 90.( e, agora, virou hit. )

O efeito que o batom matte proporciona é muito elegante pois, além da longa duração, a textura apresenta sobriedade, camufla imperfeições, além de aumentar a leitura da cor em função da boa cobertura dos lábios. “Com a ausência do efeito cintilante, que interfere na percepção da tonalidade real, é possível visualizar muito melhor a verdadeira cor do produto. Para mulheres que gostam de um aspecto mais seco, com longa duração e sem brilho, este tipo de batom tem tudo para se tornar o predileto”, ressalta Penelope.

Todas as mulheres podem fazer o uso desse tipo de batom tranquilamente. As de idade mais avançada podem usar e abusar, pois o fato de ter um toque seco, evita que ele escorra pelos sulcos formados pelas rugas ao redor dos lábios.

Vale lembrar que a preparação dos lábios é fundamental para um resultado bonito. “Costumo hidratar a boca com um lip balm para o batom fixar mais tempo, não perder a textura e craquelar”, indica a beauty artist. Agora, para mulheres que ainda não possuem esse produto coringa na nécessaire, existem alguns truques para um acabamento matte profissional:



·         Utilize um lápis de contorno labial ao invés do batom, o efeito é incrivelmente fosco e dura por muitas horas.
·         Aplique o batom cremoso sobre a boca e retire com um lenço de papel. Repita o processo algumas vezes sempre retirando o brilho com a folha de lenço. Aos poucos os lábios ficarão coloridos e opacos, com um efeito bem similar ao batom matte;
·         Passe o batom cremoso sobre a boca e aplique pó facial solto. Retire o excesso do pó com o pincel. Essa técnica suaviza a cor e por isso é indicada para ser aplicada em efeitos nude;



Sobre a Pink Mgt:
Pink Mgt é uma agência de profissionais de backstage voltados para o mercado da beleza. Criada há um ano, ela possui em seu casting hair stylists, beauty artists, nail artists, entre outros experts  que agencia para trabalhos em publicidade, desfiles, editoriais, casamentos e festas em geral.  



No comando da Pink Mgt está Penélope Beolchi, maquiadora profissional e presente há 20 anos no mercado editorial de moda e beleza, publicidade, além de atuar como professora de maquiagem em cursos profissionalizantes. Já trabalhou com celebridades como Naomi Campbell, Paris Hilton, Rodrigo Santoro, Isabelli Fontana, entre outras, e possui vasta experiência em desfiles, tendo trabalhado 12 anos no SPFW e no Fashion Rio. Silvia Kali, sócia da agência, ocupa o cargo de diretora executiva. Fotógrafa e consultora de moda participa diretamente dos trabalhos realizados pela empresa.
O time da agência conta com nomes como Regina Anzzelotti, Andréa Petermann, Alessandro Tierni e Alexandre Santos. Todos transitam ativamente entre as produções de campanhas publicitárias, desfiles, editorias de revistas, TV, etc.
Buscando sempre atender as exigências do mercado e seguir as mais novas tendências, a equipe trata com profissionalismo e dedicação todo e qualquer trabalho, podendo assim, criar um laço forte com o cliente.

29 de mar. de 2012

'Quero ser Marilyn Monroe!' - Cinemateca


MARILYN MONROE | 1956/2005 | CECIL BEATON

Cecil Beaton foi um fotógrafo inglês que expressava abertamente sua obsessão com a sociedade e Hollywood. Começou a fotografar para Vogue em 1927 e, mais tarde, trabalhou na Vanity Fair. Ele é reconhecido por ter tirado o retrato favorito de Marilyn, em que está segurando uma rosa vermelha.


A exposição 'Quero ser Marilyn Monroe!' estará na Cinemateca Brasileira, de 4 de março a 1º de abril, com entrada gratuita. A Cinemateca está aberta para visitas de segunda à domingo, das 10 às 21h.
Endereço: Largo Sen. Raul Cardoso, 207 - Vila Mariana - São Paulo, 04021-070




http://www.marilynmonroe.com.br/

28 de mar. de 2012

ADCOS beneficia o INCAvoluntário


ADCOS faz doação para reforma do Espaço de Convivência de Pacientes do INCAvoluntário no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

A ADCOS e a Área de Ações Voluntárias do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCAvoluntário - comemoram o sucesso da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele, realizada ao final de 2011, na qual parte das vendas da linha de produtos de Fotoproteção Diária gerou recursos para a reforma do Espaço de Convivência de Pacientes e Familiares, localizado no prédio do INCA no Rio de Janeiro (RJ). A inauguração do novo espaço ocorreu na última sexta-feira (09 de março), numa cerimônia simples, mas cheia de emoção. “A reforma visa dar mais conforto aos pacientes em tratamento e seus acompanhantes que passam diariamente pelo local. Momentos de descontração são muito importantes para a evolução do tratamento e alívio da tensão. Os pacientes internados têm acesso a diversas atividades de entretenimento aqui: é possível assistir televisão, ler livros e revistas e conversar. Também realizamos, por meio dos voluntários do Instituto, atividades recreativas, como aulas de artesanato e torneio de jogos”, diz Emília Rebelo, supervisora da Área de Ações Voluntárias do INCAvoluntário. Natália Amoedo, gerente de marketing da Adcos que compareceu ao evento no Rio de Janeiro, comentou: “É emocionante contribuir com o trabalho tão maravilhoso realizado pelo INCAvoluntário. Agradecemos a oportunidade  que nos foi dada pela Área e também aos nossos consumidores, que aderiram à campanha junto com a gente”.


Sobre a ADCOS Cosmética de Tratamento

Fundada em 1993, a ADCOS é uma indústria nacional com foco no desenvolvimento de cosméticos de tratamento, com ativos reconhecidos pela área médica e com eficiência comprovada. No desenvolvimento de seus produtos, a empresa une pesquisa e tecnologia para oferecer formulações inovadoras e eficazes, ou seja, a ciência e a inovação direcionadas para o tratamento de beleza. Sua fábrica está localizada na cidade de Serra (ES) e tem capacidade produtiva para mais de dois milhões de unidades por ano.

A fundadora da marca, Dra. Ada Alcinéa da Mota, é farmacêutica especializada em Cosmetologia e Dermofarmácia pela Faculdade de Farmácia Paris V, na França, e acredita que um dos grandes diferenciais da ADCOS é a abordagem focada no tratamento com resultados comprovados.

ADCOS: SAC: 0800 722 1123 | www.adcos.com.br


Sobre o INCA

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil. Essas ações compreendem a assistência médico-hospitalar, prestada direta e gratuitamente aos pacientes com câncer como parte dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, e a atuação em áreas estratégicas, como prevenção e detecção precoce, formação de profissionais especializados, desenvolvimento da pesquisa e geração de informação epidemiológica. O INCA coordena vários programas nacionais para o controle do câncer e está equipado com o mais moderno parque público de diagnóstico por imagem da América Latina, o Centro de Pesquisa em Imagem Molecular, inaugurado em outubro de 2009. O modelo de gestão participativa e compartilhada foi implementado na instituição e está em vigor desde 2004

27 de mar. de 2012

D.Juan com Rodrigo Lombardi


Bom dia pessoal!
       Tive a oportunidade de desenvolver as maquiagens para a peça D. Juan de Moliere com direção de Willian Pereira e quero convidar à  todos para assistir ao epetáculo:





O que você seria capaz de fazer para realizar seus desejos?
Dom Juan sabe que pode usar todas as ferramentas para isso.
Mais do que um sedutor, o elegante fidalgo convence até mesmo o mais nobre dos homens, de que todos os atos são permitidos em nome do prazer.
Dom Juan de Moliére, é mais do que uma simples comédia ou um romance sedutor, é um tratado sobre a hipocrisia, que tira com muito humor todas as mascaras que a sociedade utiliza para esconder suas condutas amorais.
A visão brilhante e irônica de Moliére sobre o mito Dom Juan, unida ao olhar contemporâneo do renomado diretor William Pereira, traz aos palcos um espetáculo cômico, moderno, arrojado, belo e intrigante.

TEATRO RAUL CORTEZ (520 LUGARES)

Rua Doutor Plínio Barreto, 285 - Bela Vista.
Informações: 3254.1700
Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br e telefone: 4003-1212
Bilheteria: de terça a quinta, das 14h às 20h. Sexta a Domingo, das 14h até início do espetáculo.
Aceita todos os cartões de débito, crédito ou dinheiro.


Sexta, às 21h30. Sábado, às 21h. Domingo, às 19h.
Ingressos: Sexta R$ 60 / Sábado R$ 70 e domingo R$ 60
Classificação etária: 14 anos
Duração: 140 minutos
Estreia dia 30 de março - Temporada: até 16 de junhoD.

21 de mar. de 2012

Chanel Toni Guy Academy


Portal Monange Dream


Monange Dream lança portal com novidades exclusivas para adolescentes
Com uma página na internet repleta de informações, marca promove interação entre as consumidoras





       Oi pessoal quem conhece o site de Monange Dream?
     É um o espaço recheado de novidades dedicado para meninas entre 10 e 16 anos que possui dois diferentes perfis, inspirados nas variantes dos produtos: Sweet Charm e Fresh Kiss,isso permite escolher qual o perfil que mais combina com você 
    No site, as internautas têm acesso a uma página para criação e personalização de um scrapbookutilizando fotos, fitas decorativas e diversos elementos de decoração. Ainda é possível compartilhar o álbum de memórias no Twitter e Facebook, inclusive marcando as amigas presentes nas imagens. O site de Monange Dream também disponibiliza para downloads diferentes Emoticons e Wallpaper da marca.
       Monange Dream está presente no mercado com duas linhas diferentes: Monange Dream Sweet Charm, com apelo mais romântico e superfeminina, com tons de rosa e fragrância doce; e Monange Dream Fresh Kiss, que é mais descolada e divertida, com fragrância fresca. As duas linhas possuem hidratantes, desodorantes (aerossol e roll-on) e brilho labial para serem usados em diferentes momentos do dia a dia das adolescentes: romântico, descolado, feminino, divertido, sonhador ou moderno.

Para acessar o site, o endereço é www.monangedream.com.br
             Espero que vocês gostem!

15 de mar. de 2012

Delícias de Páscoa que não engordam!



“ESTAVA ESCRITO” OUTONO / INVERNO 2012 - Unhas



AVON LANÇA COLEÇÃO DE ESMALTES “ESTAVA ESCRITO”


              Inspirada no interesse feminino em saber o que o destino lhes reserva e realizar rituais, a Avon desenvolveu Avon Color Trend Esmaltes Brilho e Longa Duração - Coleção Estava Escrito, com seis cores que transmitem uma áurea de mistério e intensidade. 


 Coleção “Estava Escrito”: Estava Escrito,Mapa Astral,Mistérios do Destino,I Ching,Tarot e Bola de Cristal.

           O produto é de longa duração e apresenta secagem rápida, cobertura uniforme e brilhante. O pincel maior permite melhor aproveitamento do produto, que não forma bolhas e espalha com facilidade. Por não desbotar ou descascar, os esmaltes Avon Color Trend proporcionam mãos mais bonitas, cuidadas e femininas por muito mais tempo. 
        A atriz Paola Oliveira, representante da marca Avon Color Trend no Brasil, estará novamente no folheto, em uma foto, na qual está usando a tonalidade Estava Escrito.

Disponibilidade
A nova coleção de esmaltes Estava Escrito Avon Color Trend Brilho e Longa Duração tem o preço sugerido de R$2,70 (cada) e pode ser adquirida por meio das milhares de Revendedoras Autônomas Avon, pelo telefone 0800-708-AVON (0800-708-2866) ou na loja virtual do site www.avon.com.br.

11 de mar. de 2012

O Corpo como capital.


A “NOVA” MULHER BRASILEIRA:
EM BUSCA DE PRAZER, LIBERDADE E FELICIDADE
Mirian Goldenberg (extraído de material divulgado pela P&G).



      Desde 1988 venho realizando inúmeras pesquisas qualitativas e quantitativas sobre homens e mulheres na cidade do Rio de Janeiro,comparando os resultados dessas pesquisas com dados que coletei em outras culturas, particularmente na Alemanha, Espanha, Suécia e Argentina.
           Rio de Janeiro é um lugar especial para se pensar em traços particulares da cultura brasileira.Um lugar que simboliza um determinado “espírito brasileiro”, associado à praia, ao sol, ao calor, à informalidade, ao corpo, à sexualidade, à saúde e a uma natureza privilegiada.
             O verão nas praias cariocas, e também em outras praias, é o momento mais esperado para o exercício desse espírito brasileiro, um povo que cultua o prazer, a liberdade e a felicidade.
       Leila Diniz, objeto de estudo de minha tese de doutorado em antropologia, foi e é ainda um ícone desse espírito solar. Com seu corpo grávido de biquíni na praia de Ipanema, em 1971, Leila é, até hoje, a melhor representante da revolução feminina ocorrida nas décadas de 1960 e
1970, quando as brasileiras libertaram seu corpo dos papéis tradicionais de mãe e esposa e inventaram novas formas de ser mulher.
      Outro ícone dessa revolução comportamentalfoi Fernando Gabeira, que, recém-chegado do exílio no verão de 1980, exibiu o corpo vestindo uma tanga lilás de crochê na praia de Ipanema. Os corpos de Leila e de Gabeira, no verão das praias cariocas, mostraram que ser homem e ser
mulher no Brasil nunca mais seria o mesmo.
         E o que estes corpos simbolizaram, em plena
ditadura militar? Liberdade, em primeiro lugar, e também felicidade, prazer e a busca de criar novas alternativas de comportamento para os brasileiros e brasileiras.
          Mais de três décadas depois, novas questões surgiram, mas prazer, liberdade e felicidade continuam sendo desejos recorrentes, como mostram os dados das minhas pesquisas. O que, resumidamente, tenho encontrado entre os brasileiros e brasileiras?

1. No Brasil, o corpo é um capital. Criei essa ideia ao verificar a importância que as mulheres e, também, os homens, dão ao seu corpo, no mercado de trabalho, no mercado de casamento e no mercado sexual. Elas e eles desejam ter um corpo jovem, magro, trabalhado, bem cuidado.
    Nesse sentido, pode-se dizer que no Brasil, diferentemente de outras culturas, é o corpo que deve ser exibido, tatuado, colorido, costurado.Como aprendemos na antropologia, a cultura brasileira veste o nosso corpo. Pode-se dizer que, no Brasil, o corpo é muito mais importante
do que a roupa.
            No Brasil, onde as praias e a temperatura elevada
durante quase todo o ano favorecem o desnudamento,
a centralidade que a aparência física assume na vida cotidiana é muito mais evidente. A crença de que o corpo é um capital produz uma cultura de enorme investimento na forma física e, também, de profunda insatisfação com a própria aparência. Insatisfação que atinge inúmeros brasileiros.
           No verão, esse corpo deve ser ainda mais trabalhado para poder ser exibido, nas praias ou em outros locais, em biquínis, minissaias, shorts e camisetas que modelam o corpo.
         Esse “corpo capital” pode explicar o fato do mercado de cosméticos no Brasil ser o terceiro do mundo, só perdendo para os Estados Unidos e Japão. O crescimento da indústria de beleza no Brasil é cada vez maior, especialmente com a entrada das classes C e D com força total no mercado consumidor. Os produtos para cabelos estão em primeiro lugar entre os itens que lideram o mercado de beleza brasileiro. A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,Perfumaria e Cosméticos mostrou que, em 2010, o Brasil se tornou o campeão mundial em faturamento com a venda de tinturas de cabelo.
2. Ter uma família é um valor importantíssimo no Brasil. Em outras culturas, especialmente na Europa, grande parte dos homens e mulheres não quer casar ou ter filhos. Aqui, casar e ter filhos é um desejo muito presente, em todas as
gerações e classes sociais. Portanto, homens e mulheres investem muito (tempo, dinheiro, projetos etc) no casamento e, especialmente, nos filhos. As mulheres destacam ainda mais do que os homens a importância da família para a sua realização e felicidade.
            Assim, temos, além do corpo, “o capital marital”:ter um corpo jovem, magro e trabalhado é visto como uma riqueza; mas ter um marido e filhos pode ser uma riqueza ainda maior, como encontrei entre as brasileiras pesquisadas.
3. No entanto, pesquisando homens e mulheres mais velhos, descobri um outro valor,muito presente,especialmente entre as mulheres de mais de 50 anos. Mesmo valorizando o corpo e o marido, elas passam a enfatizar a importância da liberdade que adquiriram com a maturidade. Dizem, categoricamente, “é a primeira vez na vida que posso ser eu mesma”. As mulheres de mais de 60 anos são ainda mais enfáticas:“agora, é o momento mais feliz da minha vida”.
          Dizem que gostam de ter o tempo livre para ir à
praia, de biquíni, sem vergonha do corpo fora dos padrões, tomar um chopinho com as amigas, dançar, viajar, fazer cursos, ir ao cinema e ao teatro, namorar etc. Afirmam que se preocupam muito mais com a saúde, com o bem-estar
e especialmente com a qualidade de vida, do que com a aparência ou com o corpo dentro dos padrões. Cuidam-se muito, mas procurando ter uma vida saudável e prazerosa. Elas querem dar mais risadas, e se arrependem de, quando mais jovens, terem sido tão preocupadas com o corpo, com o marido e com os filhos, e não terem tido tempo para cultivar os próprios prazeres.
           Agora, mais velhas, dizem: “quero o meu tempo
para o meu próprio prazer, não me preocupo mais com a opinião dos outros... pena que descobri a liberdade de ser eu mesma tão tarde”.
       Quais são, então, os desejos dessas “novas”
mulheres? Rir, conversar, sair, passear, dançar,viajar,estudar, cuidar da saúde, ter bem-estar e
qualidade de vida, enfim, “ser eu mesma”, e não responder, desesperadamente, às expectativas dos outros.
        No Brasil, muitas mulheres jovens, extremamente
preocupadas em ter o corpo em forma, em conquistar um marido e cuidar dos filhos,adiam, inconscientemente, um dos maiores prazeres femininos; prazer que só será descoberto quando estiverem mais maduras: a liberdade
para “ser eu mesma”. Só mais maduras, elas irão se descobrir como o centro de seus cuidados e buscar uma vida mais livre, prazerosa e feliz. Só então elas irão exibir seus corpos sem medo do olhar do outro, sem vergonha de suas imperfeições e sem procurar a aprovação masculina ou feminina.
          A “nova” mulher está descobrindo que a felicidade não está no corpo perfeito, na família perfeita, no trabalho perfeito, na vida perfeita, mas na possibilidade de “ser eu mesma”, exercendo seus próprios desejos, explorando caminhos individuais e tendo a coragem de ser diferente. Ela está descobrindo que as amizades são riquezas imensas, e o quanto é importante investir em “ser eu mesma” em todos os domínios da vida. Descobrindo também que não deve jamais se comparar a outras mulheres, porque cada uma é única e especial.
Ela está descobrindo que a felicidade pode ser conquistada no cotidiano, em coisas simples,como dar uma risada gostosa com os amigos, ter uma alimentação saudável, caminhar na praia e sentir o calor do sol em uma tarde de verão.
             A “nova” mulher está descobrindo que deve
ser a sua melhor amiga, tratar-se com o mesmo carinho que dedica aos filhos, ao marido, aos familiares; cuidar do corpo, do coração e da mente com delicadeza e generosidade. Que deve parar de se sacrificar e de se esforçar tanto para agradar aos outros, para provar o próprio valor e receber o reconhecimento que tanto
almeja. Ela está descobrindo que deve agradar a si mesma, aceitar as imperfeições e reconhecer o próprio valor. Assim, em todas as estações, o prazer, a liberdade e a felicidade estarão presentes em sua vida.
             Leila Diniz, se não tivesse morrido aos 27
anos em um acidente aéreo, teria 66 anos.Fernando Gabeira tem 70 anos. Foram as Leilas e os Gabeiras da geração dos anos 1960 e 1970 que inventaram novos modelos de ser homem e de ser mulher no Brasil. E são as novas Leilas e os novos Gabeiras que estão inventando alternativas mais prazerosas, livres e felizes de ser homem e de ser mulher nos dias de hoje.



MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga e professora do Departamento de Antropologia Cultural e
do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e
Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É doutora em Antropologia Social
pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. É colunista da Folha de São Paulo. É autora de Toda mulher é meio
Leila Diniz, A arte de pesquisar, A Outra, Os novos desejos, Nu e vestido, De perto ninguém é
normal, Infiel, O corpo como capital, Coroas, Noites de insônia, Intimidade, Por que homens e
mulheres traem?, entre outros livros.


www.miriangoldenberg.com.br





Cursos gratuitos de história da arte (Biblioteca Mário de Andrade).


10 de mar. de 2012

Serviços de beleza são remédio contra sentimento de "exclusão" das mulheres

Maria Eugênia Tomazini
Do UOL







       A beleza vem acompanhada da má fama de ser, inevitavelmente, superficial. À preocupação de ficar mais bonita vem atrelado o julgamento seguido da condenação. Veredito: vaidade demais.

     Muitas vezes, porém, querer melhorar a aparência não só é aceitável como aconselhável. Com recomendação médica e tudo.
Seja por motivo de doença, condição física, ou exclusão econômica e social, um bom batom e uma escova em dia podem ter, numa mulher, o efeito de um potente remédio. É o caso de Elaine dos Santos, 38 anos, que descobriu em abril passado um nódulo maligno na mama. “É claro que a luta pela minha vida é o mais importante, mas foi quando pensei que meu cabelo iria cair que desmoronei”, conta a vendedora. A 'solução' do problema veio de uma conversa com o chefe, que sugeriu a ela fazer uma peruca do próprio cabelo, antes que as sessões de quimioterapia os levassem embora. “Senti como se tivesse encontrado a resposta para a minha dor”, conta a vendedora, que diz ter ficado ainda mais vaidosa depois da doença. “Não saio de casa sem maquiagem e salto. Não quero ter cara de doente”, afirma. Sua única chateação é não poder 'fazer a unha direito': por conta da baixa imunidade, não pode tirar as cutículas.
  • Fabiano Cerchiari/UOL
    "Quando as mulheres começam a trocar dicas de beleza, criam confiança umas nas outras para lidar com a doença", diz a psico-oncologista Christina Tarabay
        Para a psico-oncologista Christina Tarabay, que desde 2004 coordena o Grupo da Mama do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, o cuidado com a auto-imagem tem papel de destaque no tratamento de doenças. “É necessário fazer uma ponte entre o aspecto físico e a repercussão social da doença. A mulher pensa: ‘vou ter que fazer de tudo para me sentir bonita’”. A médica conta que a questão da beleza é sempre uma das principais preocupações das pacientes do grupo. “Quando elas começam a trocar dicas de beleza, comentando sobre a naturalidade de uma peruca ou outras alternativas, criam confiança umas nas outras para lidar com a doença”, diz.
De cama, mas de cabelo arrumado

       Em casos extremos, a valorização da mulher por meio da beleza e a aceitação do seu estado de saúde como algo temporário chegam a ser fundamentais para dar continuidade a um tratamento. Com 30 anos e 108 quilos por conta de uma disfunção na tireóide, a estudante Andrea Carvalho confessa que as sessões de maquiagem, manicure e cuidados nos cabelos ajudaram-na a seguir o tratamento para hipertireoidismo. “Depois de 20 dias internada numa cama, é difícil não se abater”, lamenta. Mas as confortantes palavras das voluntárias do Cantinho da Beleza do Hospital Tatuapé (Hospital Municipal Cármino Caricchio), programa da Prefeitura de voluntariado com profissionais da área da beleza, serviram de bálsamo. “Elas vinham até o quarto, perguntavam se eu queria arrumar o cabelo. No começo, achava bobagem, tinha aquele cabelão descuidado. Mas, aos poucos, encontrei minha beleza.” Cinquenta e um quilos a menos depois, a estudante fala entusiasmada. “Entrei na faculdade logo depois do tratamento e, agora, até saio à noite.”

Capacitação profissional

        Se não é por meio da valorização da auto-estima, a beleza pode servir como instrumento de inclusão social. Há 20 anos, o Projeto Tesourinha capacita pessoas de baixa renda para exercer as profissões de cabeleireira, manicure e depiladora. “Não tem limite de idade ou experiência. Só precisa ter muita vontade de aprender. Queremos começar as turmas com 50 alunos e terminar com 50 alunos”, conta o filho do fundador do projeto, que assim como o pai, se chama Ivan Stringhi. Com altos e baixos, e passando por uma fase de reestruturação, já se sentaram mais de 30 mil alunos nas cadeiras do Tesourinha. Um dos casos de sucesso foi Erika Lopes, 28 anos. Quando chegou ao projeto, conta que vivia em completo desespero. “Abria o armário de casa e só tinha açúcar e pó de café”, lembra. Foi um ano passando por baixo da catraca de São Miguel Paulista até o Ibirapuera para praticar as técnicas aprendidas no Tesourinha de graça até que, ao final do curso de cabeleireira, veio a proposta: queriam que ela se tornasse instrutora do projeto. Seis anos depois, embora não trabalhe mais no Tesourinha (hoje é representante de uma marca de cosméticos), agradece o tempo que ficou lá. “Foi minha fonte de esperança.”
 
O elogio é o guia

        E quando a exclusão é pautada por um limite físico? Deficiente visual desde pequena, Regina Fátima, 57 anos, coordenadora da Revisão de Braile da Fundação Dorina Nowill,  afirma não sair de casa sem as unhas feitas. “Faço desde os 14 anos e, se por algum motivo não deu tempo de ir à manicure, não me sinto completa”, diz. Ela, que chama a escova progressiva de ‘um milagre’, quebra mitos explicando que a noção de beleza de uma cega em nada se difere de uma pessoa sem deficiência. “Assim como em qualquer mulher,[a noção de beleza] é formada a partir da opinião dos outros. Se me elogiam quando visto uma roupa azul, sei que fico bem nesta cor.”
Hospital das Clínicas
O que: Oficinas de alongamento postural, autoexame das mamas, dicas de beleza e alimentação saudável.
Horário: à partir das 10 horas
Endereço: Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255, São Paulo (SP)

Instituto de Infectologia Emílio Ribas
O que: Palestra com a advogada Isabel Cristina Kovacs Santos sobre violência contra as mulheres, seguida por coral com as funcionárias da limpeza do hospital. Sorteio de prêmios, almoço especial, oficinas de beleza, argiloterapia, reiki, entre outros.
Horário: palestra às 9 horas e coral às 13 horas, aberto ao público
Endereço: Avenida Dr. Arnaldo, 165, São Paulo (SP)

Postagens populares

Total de visualizações de página